Para o Amor: Eu não te desejo, não te quero e não te amo.

Você é um eterno vazio, que as obras clichês idealizaram como o “sentimento perfeito”.

Típicas cenas de filme, onde duas almas gêmeas se encontram, por acaso do destino, e acontece o tal amor à primeira vista.

Não entendo.

Como pode ser amor se você se atrai, primeiramente, pela aparência?

Se sua primeira atração não é a afetiva, e sim a carnal?

- Querido amor, você é inútil.

Você só serve para causar mágoas, quebrar corações, fundir sentimentos que não são reais.

Ninguém sabe o seu real significado.

Talvez, ninguém saiba o seu valor até amar tanto alguém ao ponto de deixá-la partir, porque faz mal.

[Querido amor, eu não te desejo.]

Eu estava tão acostumada à te desejar, que não desejava outra coisa.

Eu ansiava pela ideia de me apaixonar, mas não enxergava a minha verdadeira paixão.

Sinto muito, talvez seja egoísmo te negar, mas eu não te desejo mais.

[Amor, eu não te amo.]

Pode parecer controverso, uma antítese.

Como não amar o amor?

Simples: você me faz mal.

Sempre que você vêm, me intensifica.

Meus sentimentos não se controlam. 

Eu gosto de ser intensa, eu sou assim.

Mas machuca.

Não ser correspondida, machuca.

Você me ilude, até o fim.

Me arrisco à dizer que amores reais não existem, no fundo as pessoas estão tão consumidas pela ideia de ter uma paixão, que não encontram seu amor próprio.

Então, amor, eu não te amo mais.

[Eu não te quero.]

Se em algum momento da vida nos esbarrar-mos, eu não te quero.

Não me permito amar alguém novamente, deixar que você me consuma ao ponto de ser mais forte do que eu.

Eu não te quero. Não agora.

[...]

Não se preocupe, isso não é o nosso fim.

É certo: Eu já não te desejo, não te amo e não te quero.

Mas as pessoas mudam, as circunstâncias mudam.

Pode ser que eu me permita te dar uma nova chance.

Pode ser que eu encontre um novo significado para o amor, pode ser que eu te ame novamente.

Mas, quero que saiba que mesmo sem saber ao certo por onde andaremos, te esperarei em todos os momentos.

Esse ainda não é nosso fim.

Adeus,

Sua Negação.

-Caetano, Camille.